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RESENHA: APOLOGIA DA HISTÓRIA

Atualizado: 22 de ago. de 2020



Hoje, 19 de agosto, comemoramos o dia do historiador com um novo significado, pois ontem (18 de agosto de 2020) tivemos a publicação da lei (nº14.038) que regulamenta a nossa profissão. São muitos(as) os(as) historiadores(as) que escreveram e escrevem sobre a História. Aqui homenageamos a todos(as) com a publicação da resenha do discente Mateus sobre um dos livros básicos para historiadores(as): Apologia da História ou O Ofício do Historiador - Marc Bloch (2001).

Nome: Mateus Delalibera

BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro. Ed. Zahar/2001. 160 págs.


Resenha - Apologia da História ou O ofício de historiador


Marc Bloch, juntamente com Lucien Lebvre foram os fundadores da Revista dos Annales, na França em 1929. Estabeleceram a partir de então, uma renovação historiográfica ao levantar severas críticas ao método positivista, pois esse ajudou para consolidação dos Estados-nação do século XIX. Além de professor universitário e medievalista, Bloch, chegou a participar da resistência francesa nas duas grandes guerras e escreveu em 1949, o clássico: “Apologia da História ou O ofício de historiador”. Dividido em cinco capítulos, o livro é a forma do historiador responder a uma pergunta de seu filho: “Papai, então me explica para que serve a história? ”.

Em linhas gerais, na introdução, Marc Bloch discorre sobre a legitimidade da história, a importância da ciência, além de criticar os positivistas e notas de como escreveu a obra. No capítulo I introduz a discussão quanto ao significado e ao sentido da história, a crítica ao ídolo das origens e a relação entre passado-presente. No Capítulo II, por sua vez, discute a observação histórica, a interrogação das fontes e os tipos de testemunhos. No Capítulo III abarca o método crítico, as formas de falsificação na história e a dúvida como elemento do ofício. No Capítulo IV tece acerca da análise histórica, o “compreender” como palavra chave para os estudos históricos, bem como, a questão da linguagem da fonte e do historiador. Por fim, no Capítulo V, Bloch, comenta sobre a escolha do cientista, a ligação da história com a psicologia e ao problema, no qual, as causas não são postuladas, mas buscadas.

Todos os capítulos são repletos com exemplos qualificados e precisos e o livro mesmo inacabado, por conta que o autor foi preso e assassinado pela Gestapo (polícia nazista) em 1944, é profundo em sua análise e torna-se, uma lição a todos aqueles que se interessam por História.


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