Temos como propósito salientar a importância da pesquisa científica, não apenas por seus impactos no desenvolvimento da sociedade, mas, principalmente na educação. Faz-se necessário revermos a condição pela qual o produto, fruto da pesquisa científica, é transmitido, a importância de sua popularização e os recursos disponíveis para tal.
Durante muito tempo, o conteúdo produzido pelas universidades ficaram restritos à comunidade acadêmica, em fóruns, congressos e em publicações de revistas especializadas. Atualmente, principalmente pelo novo campo de estudo – a História Pública – no que diz respeito ao campo historiográfico, vem existindo uma conexão maior entre pesquisa científica e comunidade não especializada.
Na História Pública, os produtos finais de uma pesquisa científica são entregues ao público, geralmente, pelas atuais plataformas tecnológicas de comunicação - muitas vezes de maneira mais simplificada. A História Pública procura romper, de certa forma, o paradigma do conteúdo produzido e apresentado em fóruns, congressos e revistas especializadas restritos às academias.
Podemos afirmar que de certo modo tal paradigma exista pela falta de divulgação, até mesmo dentro da própria comunidade acadêmica, sobre os mecanismos existentes de publicações de artigos, trabalhos e pesquisas. Essas publicações podem vir a beneficiar não apenas aos historiadores pesquisadores, mas também ao próprio ensino de História, que promoveriam um envolvimento maior do estudante com a produção científica e dos professores do ensino básico.
Assim, como ressalta Freire (2007, p. 29):
"Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade. "
A difusão científica reflete também sobre a democratização do conhecimento científico, assim como ressalta Manuel Calvo no texto de Marta Mendes (2006, p. 97) “[...] criação de uma consciência científica coletiva: evidencia o papel da divulgação da ciência na tentativa de fortalecer uma sociedade mais democrática frente ao risco de se ter a ciência subjugada ao poder e vice-versa.”.
Sendo assim, o Laboratório de História e Estágio Supervisionado (LEHES) traz aqui importantes endereços eletrônicos de divulgação científica que docentes e discentes podem ter acesso e publicar/apresentar seus projetos e produtos de pesquisa, interagindo com a ciência histórica e contribuindo com o ensino de História.
Para além do público citado anteriormente, a disponibilização do endereço eletrônico de revistas e sites da área de História busca dar acesso a leitores não especializados que almejam conhecer temáticas históricas mais aprofundadas. Assim, buscamos contribuir para a democratização do conhecimento histórico e, de certo modo, para a quebra de paradigma de uma produção científica unicamente restrita à academia. Com o propósito de ser um agente de História Pública, o blog pretende ser uma ponte entre a academia e o grande público. As revistas eletrônicas abaixo são, em geral, revistas acadêmicas. Mas, o conhecimento não pode ser ilhado e todos podem recorrer a esses espaços para suas dúvidas sobre a História.
Seguem abaixo algumas indicações de Revistas Eletrônicas de História:
Para publicações de doutores ou mestres:
Publica trabalhos de mestres e doutores.
Publica trabalhos de doutores e doutorandos, além de mestres e mestrandos em coautoria com doutores.
Publica artigos escritos por: doutores e doutorandos; em coautoria se um dos autores for doutor e os demais forem pelo menos mestrandos.
Publica artigos de autores com titulação mínima de doutor.
Publica artigos de mestres, doutores, pós-doutores e alunos da pós-graduação (mestrandos e doutorandos).
Publica trabalhos de mestres, com exceção da Seção História Hoje em Sala de Aula, que recebe artigos de graduados e mestrandos.
Publica estudos e fontes nas áreas de ciências humanas e sociais aplicadas, especialmente arquivologia e história de autores com doutorado ou ter doutores como coautores.
Publica artigos exclusivamente escrito por doutores.
Publica trabalhos de autores com titulação mínima de doutor.
Publica artigos de autores com titulação mínima de doutor.
REVISTA CRÍTICA HISTÓRICA
Publica artigos e resenhas de autores que tenham, pelo menos, o título de mestre.
Publica artigos inéditos, resenhas, entrevistas e textos de autoria de doutores, doutorandos e mestres.
Publica trabalhos dos quais ao menos um dos autores detêm a titulação de doutor.
Publica artigos de autores com titulação mínima de doutor.
Publica artigos e resenhas cuja titulação mínima do autor seja de doutor ou de doutorando.
Para publicações de pós-graduados, graduados ou graduandos:
Publica produções de historiadores, geógrafos, cientistas sociais, filósofos, jornalistas, administradores, economistas, psicólogos, estudiosos das relações internacionais, dos meios de comunicação e demais áreas das ciências humanas.
Publica artigos de profissionais de História, além de estudantes de graduação e pós-graduação.
Publica artigos, resenhas, entrevistas e memórias (palestras, depoimentos, documentos e fontes) na área de História e realizados por pós-graduados(as) ou pós-graduandos(as).
Publica trabalhos inéditos de professores, pesquisadores, acadêmicos na área de História.
Publica produções de professores e pesquisadores da UNEMAT e demais universidades.
Publica trabalhos acadêmicos sobre o ensino de história, em todos os níveis e etapas educativas, além de sua intersecção com outras áreas do conhecimento.
Referências Bibliográficas:
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. 35ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2007.
MENDES, Marta. Uma perspectiva histórica da divulgação científica: a atuação do cientista-divulgador José Reis (1948-1958). [PDF] Disponível em: <http://www.fiocruz.br/brasiliana/media/MartaAbdalaMendesTese.pdf>.
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